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Quer saber mais sobre
a minha história?

Vem comigo!

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Um pouco da minha história

Comumente digo que meu lema é ousadia, alegria e intelectualidade e sou uma pessoa que pesquisa e trabalha com o que ama: música. Mas, para que hoje eu pudesse me posicionar assim, muita coisa aconteceu antes. Para falar a verdade, a Tamiris de uns anos atrás nem pensava em estar no meio acadêmico, mas já desejava trabalhar com música. Mas, calma, vamos por partes. Continua aqui comigo que vou te explicar e contar um pouquinho da minha história!

 

Nasci em 1990, então, sou uma boa representante da geração Y - Millennials. Vi a ascensão dos computadores, dos celulares com "jogos de cobrinha", dos tamagoshis. Acompanhei a chegada do walk-man, a novidade do disk-man (que nunca pude ter) e o boom dos aparelhos de Mp3 (o que eu tinha cabiam apenas umas 10 músicas, afinal, esse era o mais barato e minha mãe, numa grande mobilização, conseguiu comprar). Nele, durante o ensino médio, tocava muito Hip Hop, Pop, Funk e Rockzinho. Beyonce, Britney Spears, Forfun e MC Marcinho são alguns exemplos. Quando poderíamos imaginar que um dia seria possível ter uma biblioteca de músicas, praticamente infinita, a nosso dispor a partir de apenas alguns toques através de aplicativos, não é mesmo? Bem lembrado, também vivi a época dos downloads piratas de música e a internet discada. Como o consumo de música mudou, né? Durante um grande e bom tempo, a rádio era nossa única opção. Lembro que para um aniversário - não sei bem de quantos anos - tive que ficar esperando as músicas preferidas tocarem no rádio (sem vinheta) pra gravar um fita. Me recordo bem também que para esse mesmo aniversário gravei o clássico do funk carioca "Som de Preto" que se misturava aos clássicos do axé em que eu "ralava na boquinha da garrafa", "passava por debaixo da cordinha" e "segurava muito o tchan".

 

O rádio foi bastante presente na minha vida. Bem jovem, meu pai me deu um (acho que aquele foi o melhor presente da minha vida). Ele era só meu, ficava no meu quarto e meu maior prazer era, após chegar da escola, passar o resto da tarde e noite ouvindo minhas rádios preferidas: Jovem Pan, Transa América, FM O Dia, Rádio Cidade, entre outras. Sem esquecer que eu também amava tentar assistir MTV. Sim, tentar, pois não tinha TV à cabo e precisava ajustar o bombril na ponta da antena com toda a esperança de conseguir ver algo, ainda que "chuviscado". O programa da Furação 2000 e uns anos mais a tarde, Rebelde, também estavam na lista dos meus principais momentos de lazer.

 

Resumindo: sempre fui muito festeira, dançante e musical. Uma vez me apresentei numa festa de rua e ganhei um relógio pela minha performance de "mexe a cadeira". Poderia ter seguido nesse caminho, né? Acho que o sonho lúdico de 90% das adolescentes dos anos 90 era estar nos palcos e ser uma popstar de sucesso, não é mesmo? Eu amava imitar as Spice Girls, por exemplo. No entanto, esse sonho, na verdade, eu não atingiria. Infelizmente, faltava-me qualidade vocal. Mas, no carisma, eu me garantia. Afinal, também sempre fui muito comunicativa, expressiva e falante. 

 

A realidade, todavia, foi outra. Após o ensino médio, nova e ainda bastante confusa sobre o que queria fazer e num contexto em que eu precisava entrar no mercado de trabalho, o desejo de trabalhar com música foi sendo deixado de lado. Fui recepcionista em uma clínica médica, me aproximei da área da saúde, fiz um curso técnico em radiologia, me especializei em mamografia e densitometria óssea e exerci por anos a profissão. Eu realmente gostava do que fazia e proporcionava o melhor atendimento possível, principalmente para as mulheres. Eu provavelmente ia seguir na área da saúde, talvez faria fisioterapia. Mas no fundo eu sentia e sabia que não era esse caminho que eu deveria seguir.

Desde que havia saído do ensino médio, fui deixando de lado a oportunidade de cursar uma graduação com a justificativa de que "não sabia o que fazer'. Com meus quase 24 anos decidi: "vou prestar vestibular e na hora de marcar uma opção de curso eu resolvo". Sim, foi nessa auto pressão que eu me inscrevi no Pré Vestibular Social Pedro Pomar que acontecia no prédio da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal Fluminense (UFF). Decidida, fui estudando e pesquisando sobre profissões, fazendo testes vocacionais gratuitos na internet e lendo reportagens. Foi nesse processo que conheci o curso de Relações Públicas (RP), justamente pra decidir qual curso prestaria para o vestibular da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Na minha ignorância da época, o campo da comunicação social se resumia a fazer jornalismo, ser repórter e ganhar pouco. Pensava, "Ah... eu não quero isso pra mim!" Mas o curso de RP me abriu o horizonte. A animação, porém, veio acompanhada da insegurança. O curso só tinha na UERJ e na FACHA (faculdade particular em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, que eu não teria condições de pagar e frequentar). Então, eu precisava passar para a UERJ. Me agarrei à esperança, até porque era um curso hiper concorrido, e segui estudando muito. O momento de glória veio: passei para o curso de Relações Públicas da UERJ para a turma de 2015.2. Naquele momento, como eu fui feliz. Uma alegria que não cabia no peito. Recebi a notícia no dia que estava indo para a formatura de graduação de uma amiga que tinha feito o ensino médio comigo (imagina como eu me sentia "atrasada").

 

Depois de anos e dúvidas, eu iniciaria o caminho que transformaria minha vida. Desde o pré-vestibular pude me envolver com pautas sociais e despertar um discernimento crítico para muitas questões que eu vivia e via. Na graduação, isso se intensificou. Me envolvi em diversas atividades, sendo a principal delas o evento acadêmico destinado ao funk planejado e promovido pela minha turma, o Liberta, DJ!. Com essa experiência, o sonho de trabalhar com música, que estava reprimido, reviveu. Mas, para quem precisa pagar contas, na maioria das vezes, não há espaço para se dedicar apenas a buscar a oportunidade do sonho chegar. Por isso, segui trabalhando como estagiária em uma agência de marketing digital e comecei a iniciar meu Trabalho de Conclusão de Curso. A sementinha plantada pelo Liberta, DJ! já tinha semeado em mim e o funk foi o tema escolhido para ser meu objeto de estudo. Por ser funkeira, o recorte foi de encontro as minhas próprias observações durante as festas e bailes que eu frequentava no período, além da minhas próprias memórias. A voz da Tati Quebra Barraco cantando "69, frango assado, de ladinho a gente gosta..." é presença certa nas recordações de pré-adolescente. Ainda que eu não fizesse ideia do significado real das palavras que ela estava cantando, eu já sentia a potência e a força na sua voz e nas batidas. Na época do TCC, o destaque era a música "Cai de boca", hit da MC Rebecca, que naquele momento era a revelação do funk carioca. Intrigada ao ver como as mulheres se comportavam perante a música, decidi: seria sobre funk e empoderamento feminino que eu iria falar. Minha orientadora na época comentou "você não vai ter um pouco de dificuldade?". Encarei o desafio e comecei minhas pesquisas.

No processo de construção do TCC veio a pandemia da Covid-19. Caos, medo, apreensão. Em meio aquele momento apocalíptico, finalizei a pesquisa, apresentei e fui aprovada. Mais uma alegria que não cabia no peito. Por isso, fui divulgar para meus amigos fazendo uma postagem nas minhas redes sociais (Instagram e LinkedIn). Como resultado, viralizei. Era abril de 2021, ainda pandemia e minha vida literalmente mudou do dia para noite. O que era "apenas um TCC" se transformou em instrumento político, em fake news e objeto para instigar discursos de ódio. É, não foi fácil.. No entanto, também foi recompensador. Afinal, por conta da repercussão, recebi atenção de pessoas do universo funk e atingi públicos que não imaginaria: entrevistas, participações em podcast, lives, aulas, livro. É, foi nesse turbilhão que nasceu o livro "Cai de Boca no Meu B*c3t@o: o funk como potência do empoderamento feminino", inspirado no meu TCC. Foi também nesse período, que após formada, me dediquei ao sonho antigo que estava adormecido. Enquanto trabalhava como assessora de comunicação em um órgão da prefeitura da minha cidade, Niterói, me matriculei numa formação de Música e Negócios e uns meses depois tive minha primeira oportunidade, como label manager, na área da música. Estranho pensar que um dos anos mais difíceis, que inclusive perdi meu pai para o Coronavírus, foi também um dos anos mais importantes da minha vida.

 

Desde então, sigo o caminho que escolhi e escolho todo dia. Se antes eu achava que estava "atrasada", hoje tenho certeza que tudo aconteceu no momento certo. Sigo ampliando minha atuação, mantendo sempre a música como o fio condutor principal, sobretudo, o funk e agora também o rap. Toda a repercussão acerca do TCC, me instigou a continuar realizando pesquisas acadêmicas. Enquanto os discursos de ódio focavam em dizer que pesquisar funk na universidade pública é "jogar o dinheiro do meu imposto fora", eu estava passando para o mestrado na Universidade Federal Fluminense (UFF) onde atualmente faço a dissertação sobre a cena do trap no Rio de Janeiro.

Continuo unindo a música às minhas competências e habilidades. Todas minhas experiências permeiam a música. Seja trabalhando no mercado musical, seja escrevendo e pesquisando. Tenho muito orgulho da trajetória que venho trilhando e dos diversos projetos e trabalhos que venho desenvolvendo. Para saber melhor da minha trajetória profissional, sugiro que você clique no botão abaixo para acessar a página onde falo detalhadamente da minha formação acadêmica e profissional. Caso queira saber detalhes sobre o livro, também indico a acessar a página no botão abaixo. 

Hoje, sou uma mulher cada dia mais realizada. Claro que ainda tenho muita coisa para aprender, conquistar e fazer. Sigo trabalhando firme pelo o que almejo, me dedico ao que amo, assumo a postura profissional necessária, mas também sigo mantendo firme a essência daquela menina "pimentinha" (como uma tia-avó me chamava). Entre um trabalho e outro, entre uma pesquisa e outra, você vai me encontrar por aí: falante, dançante, comunicativa, festeira, musical e sonhadora!

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