Me olha e me respeita: dos fluxos de SP para a Times Square NY
- Tamiris Coutinho
- 16 de jun. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de jan. de 2024
Fernanda Andrielli Nascimento dos Santos, mais conhecida como MC Dricka - A Rainha dos Fluxos - encheu o movimento funk de orgulho após divulgar duas notícias poderosas.
Primeiro, na segunda (7/6), foi indicada ao BET Awards, premiação voltada a artistas afro-americanos, na categoria de melhor novo artista internacional. A cantora que é a única brasileira representando o funk, sobretudo o funk feminino, levou os fãs e o movimento funk à loucura com a notícia. Todos comemorando a indicação, votando e torcendo para que a Dricka traga o prêmio para casa no dia 27 de junho, data da premiação. Inclusive, ainda estão rolando as votações. Basta acessar o perfil do @BET_INTL e contribuir.

Foto reprodução Instagram @mcdricka
Eis que alguns dias após a notícia da indicação à premiação (mais especificamente ontem (15/6), MC Dricka surge bem plena estampando um telão na Times Square, no centro de Nova York, EUA. O movimento funk foi a loucura mais uma vez.

A presença da Dricka nesses espaços só enfatiza o que eu venho buscando defender: a potência do empoderamento feminino no universo funk.
No Trabalho de Conclusão de Curso, em que faço um exame do funk como potência do empoderamento da mulher, mencionei a Dricka e analisei uma de suas músicas. Essa escolha não poderia ser diferente, afinal, já era visível a representatividade e importância dela para universo funk. Inclusive, em uma live realizada no perfil do Instagram da Mídia Ninja, na última quinta-feira (10/6), Bruno Ramos mencionou o fato de eu ter posto a Dricka em meu trabalho como uma das grandes potências do funk feminino, e eu fiquei só gratidão pelo reconhecimento.
Hoje, Dricka está presente em trabalho acadêmico, em obra publicada (tamanho foi a repercussão positiva em torno do TCC que hoje ele se transformou em livro), no BET Awards e na Times Square. Como ela disse, "A mãe tá internacional, esquece".
Hoje, ao ver a MC chegando cada vez mais longe, me sinto honrada e orgulhosa por, de certa forma, poder contribuir e ajudar para que mulheres como ela, no funk e na sociedade em geral, sejam evidenciadas e tenham suas manifestações potencializadas. Então, quando “trombar” com a gente por aí, nos olhem, nos respeitem e saibam que nós, mulherada funkeira, não vamos parar.
Fontes:
Tamiris Coutinho
Mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação na Universidade Federal Fluminense (UFF), vinculada ao Laboratório de Pesquisa em Culturas Urbanas e Tecnologias (Labcult), pesquisando a cena do trap no Rio de Janeiro.
Autora de "Cai de boca no meu b*c3t@o: o funk como potência do empoderamento feminino. Graduada em Relações Públicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com formação em Música e Negócios pelo Instituto Gêneses da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO).
Label manager atuando no planejamento e operação de lançamentos musicais digitais.
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