“É uma obrigação artística refletir o meu tempo” - Nina Simone

Compartilhando com vocês uma das reflexões realizadas durante o estágio docência, na disciplina de Teoria da Música Pop: a temática do artivismo.

Nem todos os artistas vão assumir uma postura consciente 100% artivista. Mas alguns vão tomar essa postura como obrigação e levar a risca suas performances como ato político, cultural, social...

Nesse sentido, vão buscar, através de suas performances artísticas, fomentar intencionalmente uma reflexividade social a partir do engajamento pautado na resistência.

Por isso, trouxe como exemplo Nina Simone, cantora, compositora, pianista e artivista dos direitos civis dos negros estadunidenses. Uniu sua música (que transitava entre o jazz, blues, soul e R&B) às causas que permeavam a sua vivência e a do grupo social que estava inserida.

Impossível falar sobre cultura expressiva negra, sobretudo na música, sem pontuar como uma das principais referências Nina Simone.

Não a toa são vários programas e documentários destinados a falar da sua trajetória pessoal e política. Então, aproveito para indicar o documentário "What happened Miss Simone?" disponível no Netflix.

Nina faria agora em fevereiro, no dia 21/02, 91 anos. Seu legado segue vivo e resistindo. Entre os grandes sucessos, minhas preferidas: Feeling God, Mississipi Goddam e I Put A Spell On You.

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Tamiris Coutinho

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Comunicação na Universidade Federal Fluminense (UFF), vinculada ao Laboratório de Pesquisa em Culturas Urbanas e Tecnologias (Labcult), pesquisando a cena do trap no Rio de Janeiro.

Autora de "Cai de boca no meu b*c3t@o: o funk como potência do empoderamento feminino. Graduada em Relações Públicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com formação em Música e Negócios pelo Instituto Gêneses da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RIO).

Label manager atuando no planejamento e operação de lançamentos musicais digitais.